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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quando meu país vai levar a educação sério?

 Em Dezembro de 2010, mais precisamente no dia 16, em uma votação relâmpago, o Senado aprovou, um auto reajuste salarial de 61,83%. O índice valeu também para os salários dos deputados federais. Para o vencimento do presidente da República, o reajuste foi de 133,96% e de 148,63% no salário do vice-presidente e dos ministros de Estado.

No dia 24 do mesmo mês, em Natal, capital do nosso Estado (RN), os vereadores não perderam tempo, como era um dia de festas natalinas, aprovaram um presente de "natal - festas - (pra eles mesmos, lógico) no mesmo valor, isto é, de 61,8%. Passaram de R$ 9.288,04 para 15. 031,75. O que dá uma diferença substancial - diga-se de passagem - de R$ 5. 743,71.

No mês de fevereiro, os professores municipais de Grossos, receberam a notícia que este mês vão ter um reajuste de 6,8%. Isso aqui em Grossos, tem estados ou cidades por aí que nem isso teve, no Ceará, por exemplo, o reajuste foi em torno de 5%.

Com base em todos os dados, não sei se pulo de alegria por ter tido um reajuste de 6,8% ou se choro por ter tido um reajuste de 6,8%. 

O que sei é que enquanto o país continuar com essa discrepância salarial, só com o vai e vem de cursos de atualizações, reformas pedagógicas mirabolante, teorias feitas em laboratórios, experiências feitas com 10 ou 15 alunos escolhidos a dedo e professores tendo que trabalhar em três ou mais escolas para ganhar pelo menos R$ 2.000,00 nossa educação continuará sendo um dos principais temas para ser defendido em dois e dois anos, isto é, em campanhas eleitorais.

"Quando eu ganhar, vou investir pesado na educação!" 

 Em dois e dois anos o discurso  é o  mesmo. Espero que no próximo ano os políticos façam pelo menos como minha presidenta Dilma Rousseff, mude o discurso: "Quando eu ganhar vou investir pesado no professor!"

 

 

1 Comentário:

Antonio Renato - Professor da rede Estadual disse...

Interessante colega suas reflexões sobre aspectos relativos a educação.Nesse sentido, permita-me fazer algumas. De fato esse setor se apresenta sob a forma de um conjunto de problemas, que num primeiro momento nos traz angústias e um certo sentimento de torpor diante dele; a questão financeira/salarial é apenas um deles; e este até dá pra resolver num curto prazo(não tô dizendo que será resolvido).Afinal de contas, somos uma das dez maiores economias do mundo( isso significa que estamos entre ao dez paises que mais produzem bens e serviços).É o tal do PIB, pra ficar mais fácil de entender.Basta apenas vontade política e deixar a hipocrisia oficial de lado(professor não é sacerdote). A tal da vontade política pressupõe uma mudança de rumo na política econômica do governo, voltando-se para o capital produtivo que por sua vez almenta a capacidade de investimento público por meio da arrecadação de impostos. Quanto a segunda questão, e sinceramente, não falo por mim, mas como um pensador despretencioso dos problemas da educação pública,professor precisa ser valorizado financeiramente, por vária razões, e uma delas,e talvez a principal, é se tornar uma profissão atraente, da qual participe as melhores mentes para essa enorme e complicada tarefa. A partir daí,e com todos os professores em sala de aula, poderemos entrar na seara dos "grandes pedagogos e tecnicos educacionais", que você bem colocou ficam por aí, produzindo suas bazófias em laboratórios, fugindo das salas de aula como o diabo foge da cruz.

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