Grossos, Minha Terra, Minha História.

Quem se lembra do inicio do ano de 1993? Quem se lembra do carnaval deste ano? Quem se lembra dessa menina de azul? Esta foi vítima de uma brutal e inesquecível injustiça. Arrisco a dizer que essa foi a pior tragédia que nossa “Terrinha” passou.

Três rapazes, Eduardo, Bira e Paulinho, aparentemente de confiança da família da vítima, a levaram para o mangue onde a violentaram covardemente e a mataram.

Segundo informações, após o estupro, após todo ritual de maldade e covardia, após a usarem de todos os modos e objetos, a mataram com uma tábua com um prego na ponta. Ouvindo os detalhes da sua própria mãe, onde até hoje guarda o laudo médico feito do corpo da jovem, fotos do jornal O Mossoroense, chegamos a se arrepiar.

Após o assassinato, alguns deles ainda vieram prestar . . .


homenagens a família da vítima e acompanharam o sepultamento demonstrando estarem sofrendo.

Grossos viveu momentos de tensão, após serem identificados e presos na cadeia de Areia Branca, Grossos não aceitou apenas a prisão, se mobilizou e partiu decididamente para a vingança.

As pessoas atravessaram o rio de lancha, de barcos ou mesmo a nado, foi um movimento de pura revolta, mais de mil pessoas deixaram suas casas a procura de justiça.

O resultado disso todos já conhecemos, a cadeia foi incendiada, alguns dos assassinos linchados publicamente, Eduardo foi morto ainda dentro da cadeia, o Bira no meio da rua e o Paulinho, mesmo sofrendo vários ataques, conseguiu escapar e hoje o que resta para Elione sua mãe, são muitas, muitas saudades e lembranças que jamais serão esquecidas. Franciny Carla Alves, filha de Elione Alves e Francisco do Vale. Franciny era chamada de Francicarla e tinha na época 13 anos.

Provavelmente morreu da forma mais triste, pedindo clemência aos brutos pela inocência perdida de forma tão selvagem.

Com certeza esta deve está com Deus.