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segunda-feira, 26 de março de 2012

No tempo dos meus avós


Ooora pois, hoje se tens uma febrezinha corres para o hospital, uma dorzinha no pé, na mão ou em qualquer lugar corre para o hospital.  Isso hoje, ontem, no tempo de nossos avós não era assim, a coisa era diferente, muito diferente.

Uma íngua nossos avós curavam com muita reza e ramos de velame.

Três tijolos, daqueles de antigamente (de tijolo “cru”), separados 20 cm um do outro, você passava o pé do lado que ficava a íngua por cima de cada um e dizia: 1, 2, 3 íngua contei, 3, 2, 1 íngua nenhum. Repetia três vezes e pronto, estava curado.

Nem precisava ir a hospital, era simples assim.

Mas caso vocês não acreditasse nesse curandeiro, aí você corria . . .


para outro que também tinha suas curas especiais, uma delas só poderia ser curada em noite clara, onde se via a “estrela Dalva”.

Você apontava para a estrela e dizia: Estrela donzela, esta íngua quer crescer mais que vós, cresçais vós e míngue ela.  Repetia três vezes e pronto, estava curado.

Quando o dente de leite caia não tinha jeito, ou você fazia o que nossos avós mandavam ou não nascia mais dente.

Mourão, mourão, pegue esse dente e me der um são, repetia por três veze e jogava o dente em cima de casa.

Quando se tinha um argueiro no olho o mais comum era esfregar o dedo na mão até ficar quente e colocar em cima do olho ou em muitos casos, encostar o cotovelo de outra pessoa no olho e dizer, em ambos os caso dizer em voz rápida: Corre, corre cavaleiro, vá na porta de São Pedro dizer a Santa Luzia que me mande um lencinho para tirar esse argueiro.

Minha esposa, ainda menina colocou uma espinha de peixe na garganta e depois de comer uma dúzia de bananas, ingerir uns dois quilos de farinha e sofrer com essa espinha dois dias, recebeu a visita de um curandeiro de Areia Branca, este disse:
- Curo já.

- Traga uma bacia com água e ponha seus pés dentro.
Imediatamente foi feito.

Pegou alguns ramos de mato, balbuciou algumas palavras em forma de reza e disse em tom compreensível: Espírito santo amém, saia espinha.

Imediatamente ela deu o “goto” e a espinha saiu.

Nunca mais ela sentiu a tal espinha.

É, naquele tempo era assim.

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