Sem respostas do Governo, professores decidirão sobre greve.
Greve. Esta é a palavra de ordem da assembleia-geral de ontem, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN). Durante todo o dia de terça-feira, os dirigentes aguardaram ser chamados para uma audiência com o Governo ou ao menos um contato para discutir sobre o reajuste do piso dos servidores. Como não houve nenhuma sinalização, os representantes terão como pauta principal do encontro de hoje mais uma paralisação.
De acordo com Fátima Cardoso, a intenção é movimentar uma equipe nas escolas nos dias 1º e 2 de março, para mobilizar os alunos sobre a decisão paredista que deve ser deflagrada no dia 5, uma semana depois do início do ano letivo.
Terça-feira, o dirigente Zé Teixeira tinha dado duas datas para o início da greve, caso o governo não desse a atenção esperada: logo no início do ano letivo, ou no dia 16 de março, quando haverá uma parada nacional.
Os sindicalistas ainda esperam que antes disso, o Governo se manifeste . . .
com relação à regularização do piso, previsto para janeiro. "A ausência de diálogo é prejudicial", disse Fátima.
No ano passado, a greve dos professores demorou mais de 100 dias e só parou quando a categoria conseguiu um reajuste de 34% que está sendo cumprido. A nova discussão sobre greve tem a ver com o não-cumprimento do reajuste do piso que deve ser dado obrigatoriamente em janeiro.
O Ministério da Educação (MEC) arredondou o índice de reajuste em 22,22%, que eleva o piso para R$ 1.430 para uma carga horária de 40 horas semanais. A lei do piso determina que nenhum professor pode receber menos do valor determinado por uma jornada de 40 horas semanais.
O dispositivo prevê que a União complemente o pagamento nesses casos, mas desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiram comprovar a falta de verbas para esse fim.
Governadora garante pagar o piso
Apesar de reconhecer que o momento não permite impor ao Rio Grande do Norte uma proposta que gere tanto impacto financeiro, a governadora Rosalba Ciarlini reafirmou que vai cumprir o Piso Nacional do Magistério. "Já ficou definido o patamar de 22,22%. Vamos cumprir como fizemos no ano passado, quando concedemos 34% para que o Rio grande do Norte cumprisse com a Lei do Piso", disse a governadora Rosalba Ciarlini, sem especificar a partir de quando dará o reajuste.
Quanto à Lei do Piso do Magistério os governadores, neste Pacto Federativo, alertaram durante encontro na residência da governadora Roseana Sarney, em Brasília, que é preciso refletir melhor e ter uma discussão mais profunda sobre o tema.
Com informações Jornal de Fato.
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