Carteirada na hora de votar ainda é prática comum no país, diz professor
Brasília – A legislação eleitoral brasileira é clara ao definir quais
são as pessoas que têm prioridade na hora de votar e não precisam
enfrentar fila na seção. No entanto, diz o professor Leonardo Hernandez,
da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de
Goiás, ainda é comum a prática da chamada “carteirada” por autoridades
não incluídas entre os casos previstos em lei.
Pela lei, têm prioridade apenas juízes e promotores eleitorais,
auxiliares e servidores da Justiça Eleitoral, policiais militares em
serviço, eleitores com mais de 60 anos, doentes e pessoas com
deficiência ou com dificuldade de locomoção, além de gestantes e
mulheres em período de amamentação. Os eleitores devem, portanto, ficar
atentos para os furões de fila, que sempre tentam dar carteirada, disse
Hernandez, em entrevista à Agência Brasil.
“Políticos; juízes de direito, promotores e
servidores que não sejam da Justiça Eleitoral; e policiais à paisana não
terão direito de votar antes de qualquer outro cidadão comum.” Segundo
Hernandez, nas últimas eleições, foi constatado que até representantes
de organizações não governamentais (ONGs) e médicos tentaram furar a
fila na hora de votar.
O professor ressaltou que, no caso de mulheres que
estejam no início da gravidez e de portadores de alguma doença que não
seja facilmente percebida pelos mesários, é bom levar atestados médicos
ou outro documento comprobatório para evitar constrangimentos.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os mesários são
treinados para agir sempre com boa fé, evitando pedir atestado médico ou
outros documentos no caso de eleitores que se enquadram nas exceções
previstas em lei. Tal atitude contribui para acelerar o processo de
votação e cumprir a estimativa do TSE de que cada eleitor gaste em média
40 segundos para concluir sua escolha.
Fonte: Agência do Brasil.
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