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sábado, 17 de julho de 2010

A pedra que não constrói

I

  • Eu já ouvi falar
  • Da pedra que castigou
  • Que das mãos de um Fariseiu
  • Jesus Cristo enfim tirou
  • Pra salvar a Madalena
  • Que em Jerusalém pecou
II
  • E daquela que o pastor
  • De Israel chamado Davi
  • Usou pra vencer Golias
  • Está na bíblia e eu li
  • E da pedra filosofal
  • Que tentaram descobrir.
III
  • Das pedras que construíram
  • Lá em Roma o coliseu
  • As pirâmides do Egito
  • Que a história engrandeceu
  • Mas hoje falo de uma
  • Que aqui apareceu.
IV
  • Essa pedra é lamentável
  • Não se constrói alicerce
  • Só edifica a desgraça
  • Se desmorona e padece
  • Aquele que se vicia
  • Quando dela se entorpece.
V
  • Tem até um apelido
  • Que parece ironia
  • Ela é chamada de Crack
  • Mas não transmite alegria
  • E quem joga nesse time
  • Viverá de fantasia.
VI
  • O Crack é derivado
  • Da chamada cocaína
  • Nem o efeito da maconha
  • Do êxtase e da heroína
  • Levou tanto à juventude
  • Ao fracasso e a ruína.
VII
  • Quando a droga é inalada
  • Não dura meia hora
  • Seu efeito é rapidinho
  • De repente se evapora
  • Fazendo o jovem cativo
  • De um vicio que devora.
VIII
  • Devora sem piedade
  • A auto-estima e o prazer
  • Daquele que muito cedo
  • Perdeu a razão de viver
  • E vive perdendo a vergonha
  • Para o vício se manter.
IX
  • É triste, é deplorável
  • Quando chega a dependente
  • Perambula pelas ruas
  • Parecendo um indigente
  • Despreza o amor dos pais
  • Do amigo e do parente.
X
  • Se desfaz da família
  • Da droga se faz refém
  • Vende a roupa do corpo
  • E até o corpo também
  • Pois seu valor tem o preço
  • Da pedra que o mantém.
XI
  • No início ela provoca
  • Uma forte alucinação
  • Altera com mais freqüência
  • As batidas do coração
  • Podendo morrer de infarto
  • Ou no mundo da perdição...
XII
  • Essa vida é uma viagem
  • De passagem só de ida
  • Onde a última estação
  • É a esperança perdida
  • Se quer voltar não tem mais
  • O trem de volta a partida.
XIII
  • Não podemos é deixar
  • Essa gente sem direção
  • Destruindo sua família
  • Por seguir na contra mão
  • Essa droga é uma doença
  • Que contagia a nação.
XIV
  • Ela não tem preconceito
  • Não discrimina raça ou cor
  • E em toda classe social
  • Invade e provoca dor
  • Compromete a nossa paz
  • Espalha medo e terror.
XV
  • Se a gente considera
  • Um problema social
  • Não será prendendo a vitima
  • Que se evita esse mal
  • Pois a questão jamais será
  • Um caso policial!
XVI
  • E se a gente quer matar
  • O mal pela raiz
  • E devolver as famílias
  • O prazer de ser feliz
  • Precisamos combater
  • Esse tráfico infeliz.
XVII
  • Juntar as nossas forças
  • Família, escola, professor
  • A justiça e o poder público
  • Igreja, padre e pastor
  • Num projeto estruturado
  • E que seja inspirado
  • Sob a luz e a razão do amor.

Geová Costa - 15/07/2010

3 Comentários:

Rita Maria disse...

Geova Costa, é um homem de muitas qualidades, adimiro muito o seu talento. Parabéns pela poesia.

Rita Maria disse...

Geova Costa, é um homem de muitas qualidades, adimiro muito o seu talento. Parabéns pela poesia.

Musicas disse...

meus parabéns.... pela poesia completa.. que abrange toodo mal que essa pedra faz..

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