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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Greve já é a maior da Uern e Estado cogita pedir ilegalidade do movimento

Os professores da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) decidiram ontem, por unanimidade, continuar a greve, que chega hoje a 65 dias de paralisação. Segundo a Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), essa já é a maior mobilização paredista na história da referida universidade.
Os professores apresentaram ao Governo do Estado a terceira proposta com o escalonamento dos 23% de reajuste entre os meses de setembro, outubro e novembro, além do retroativo desde abril, mas que poderia ser pago no próximo ano. Porém, a Secretaria de Estado da Administração e dos Recursos Humanos (SEARN) propôs apenas a possibilidade de 3% e os demais pontos deveriam ser discutidos no próximo ano.


O secretário titular da pasta, Anselmo Carvalho, ratifica que o Estado está impossibilitado de pagar qualquer reajuste devido ao comprometimento com a Lei de Responsabilidade Fiscal, argumento que também foi endossado pelo chefe da Casa Civil, Paulo de Tasso: "Lamento que a categoria resista em entender a atual situação orçamentária do Estado."


O presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato, classificou a proposta apresentada pelo Estado de "descabida". "A categoria já modificou as pautas por três vezes e em nenhuma delas conseguimos avançar porque o Governo não sai do patamar inicial. Não podem argumentar que não estamos dispostos a negociar", reforça o professor.


Se a categoria alega disposição para negociar, Anselmo Carvalho foi incisivo ao afirmar que o Estado só volta a negociar com a categoria quando os professores voltarem à atividade. E mais: a situação da greve da Uern já foi levada à Procuradoria Geral do Estado (PGE), que cogita a possibilidade de pedir, na Justiça, a ilegalidade do movimento paredista. De acordo com Miguel Josino Neto, titular da Procuradoria, o assunto será discutido mais detalhadamente neste final de semana. "Há limite para todos os direitos. A greve é um movimento que nasce justo, mas pode se tornar abusiva levando em consideração a postergação do tempo", diz Miguel Josino.


"O Estado está irredutível e se indispõe a discutir com os professores. É uma vergonha para um Estado que já tem indicadores tão negativos em Educação", lamenta Flaubert Torquato.


Para ler mais clique aqui Jornal de Fato.

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