Cenas da novela que não foi ao ar.

A polêmica da água entre o poder Municipal e Estadual chegou ao fim em algumas comunidades com o pagamento de uma das parcelas da dívida pelo município. O Estado bateu o pé e não liberou água gratuita, mas sim, para o município pagar.

Mas durante esse tempo em que se ficou sem água, onde os moradores de Pernambuquinho ( Parte alta) e Alagamar tiraram água para banho, lavar roupa e da de beber aos animais?

Com o passar dos dias, um ou outro político, se compadecendo da necessidade dos munícipes doou uma ou outra pipa, como foi o caso do pré-candidato Enilson Fernandes e a secretária Cintia Sonale . . .



e assim foi-se vencendo esses tempos difíceis sem abastecimentos. Mas no início, o que fizeram eles, os moradores de Alagamar e Pernambuquinho? Onde conseguiram água?

“Deus no céu e Cateca na terra”, foi essa a primeira frase que Valmir José, residente em Pernambuquinho, disse ao comentar sobre a água.

O vereador Cateca, muito antes dessa problemática da água entre o Município e o Estado, realizou uma ação de furar poços artesanais nas comunidades, principalmente, de Pernambuquinho e Alagamar. O objetivo na época – início do ano – era diminuir a dependência desse povo em relação aos serviços deficientes da Caern nessas localidades. Entre as comunidades, o parlamentar Cateca chegou a furar em torno de 30 poços. Pernambuquinho e Alagamar, devido a maior necessidade, foram o alvo maior do vereador, cerca de 20 poços.

Conseguiu, vários porcinhos foram abertos e muita gente ficou sendo beneficiada. A água não é boa para beber, mas boa para lavar, dar de beber a animais e até tomar banho.
O vereador Cateca sabia que os poços eram importantes, só não imaginou que no futuro eles seriam de tão grande valia.

Valmir Pereira mostrou o cano da Caern, mostrou o poço que hoje é considerado como um bem, um bem de valor de toda comunidade. “Se não fosse a água desses poços de Cateca, nossos animais teriam todos morrido de sede e nós muitas vezes tomamos banho com essa água, esses poços foi a salvação das pessoas aqui, é Deus no Céu e Cateca na Terra.” Disse.

Fomos a Alagamar e a realidade não foi diferente, um dos poços feito pelo vereador, situado na residência do senhor Manuel Messias, serviu muito para aquela comunidade, água para animais, plantas, lavar roupas e banhos de pessoas. Segundo Maria José, mãe de Messias, essa água servia para quase tudo; "usamos a água desse poço para quase tudo, só não beber ou cozinhar, o resto era com ela". Disse.

Se existe uma ação de fazer o bem e não olhar a quem, essa ação foi feita pelo vereador Cateca.
Enquanto a água da Caern não chega as torneiras de muitos moradores de Pernambuquinho, o que está amenizando aquela comunidade são esses poços, poços que hoje são defendidos com “unhas e dentes” por aqueles que enfrentam esse descaso do poder público.

Um problema que a meu ver, é a coisa mais simples de se resolver, basta ter boa vontade.
Aqui, em nome dos moradores de Pernambuquinho, peço humildemente a nossos vereadores que, do mesmo modo que foram ao prefeito para solucionar o problema dos abastecimentos, por pura justiça, devem ir a Caern, ao secretário do Estado ou se for preciso, ir a governadora, pois isso é claramente um caso de descaso público.

Como pode em um lugar ter água franca e a menos de um quilômetro a água não chegar? Deve-se fazer alguma coisa, ficar só olhando de braços cruzados como quem não está nem aí, não é mais aceitável. Não enquanto nossos conterrâneos estão agonizando com a falta d'água.

Se querem agir e mostrar trabalho, está passando da hora. O detalhe é, não me refiro a um ou outro vereador, refiro-me a todos.