redirecionamento

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Travessia Areia Branca/Barra, atividade desde o tempo dos nossos avós.



Atravessar de Grossos para Areia Branca já passou por alguns estágios. Primeiro era em barco a vela, depois surgiram às lanchas de Zé Siliro e Edimilson, esta ultima era guiada por Zé de Botinha. Além das lanchas, quem também fazia essa travessia era a Bateira (“baitera” chamamos) de Expedito Aquino, este tinha a “baitera” mais bonita, fogosa e veloz da época. Expedito era experiente ao ponto de conhecer as artimanhas do vento e chegar a Areia Branca em poucos minutos. As lanchas e a “baitera” se foram e hoje em seus lugares temos as balsas. 

Uma mudança boa e significativa para o comércio, pois além de pessoas, as balsas transportam grandes cargas e veículos. No entanto perdemos no conforto das pessoas. Nas lanchas íamos sentados e protegidos do sol e da chuva, já as balsas são projetadas para o trafego de veículos, as pessoas se amontoam em uma pequena sombra (em baixo da cabine). 


Na travessia de Barra/Areia Branca esta pratica continua do mesmo jeito há décadas. Aqui a única evolução foi que alguns barcos (botes) não mais usam velas e sim, motor.

Em outras épocas, muitos de nós, ao voltar para Grossos escolhia ir de barco para à Barra e depois seguir a pé para Grossos. Esta decisão vinha da longa demora que se dava para que as lanchas chegassem à Areia Branca. Nesse tempo não havia horário determinado, no geral a lancha só saia do caís (Grossos e Areia Branca) quando estivesse com muitos passageiros, a demora portanto era inevitável, tanto na ida como na volta. Sorte era quando coincidíamos de chegar no cais na hora que a lancha estava pra sair e se perdêssemos a hora, era rezar para a próxima viagem.

Em inicio de mês acontecia outro problema, devido ao grande número de pessoas – aposentados, pensionista e funcionários públicos estaduais – que se dirigiam ao Banco do Brasil de Areia Branca para receberem seus salários, a lancha não tinha espaço para todos e alguns ficavam esperando ela ir e voltar, horas e horas de espera.

Conta-se que Rafael (Fael), em uma dessas viagens de início de mês, chegou um pouco atrasado e a lancha já estava quase de saída e procurou logo entrar. No caís já tinha gente que desistira, pois a lancha já estava superlotada.

- Ei, espere um pouco, eu vou também! Gritou Fael.
Uma pessoa esbravejou da lancha. -Não cabe todo mundo não!
Fael respondeu na “bucha”- “Apois” pronto, da certim, eu não sou todo mundo. E pulou dentro da lancha.

Rafael ou Fael, como chamávamos, era um pessoa muito querida por todos.

Seja o primeiro a comentar

Grossos ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO