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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Meu Deus, como pode um Estado desse crescer?

Ao ler a reportagem do jornal Tribuna do Norte sobre os supersalários, valores acima do teto nacional (R$ 27.700,00) para um funcionário público, o primeiro sentimento que nós sentimos de imediato é uma indignação fora do normal, enquanto nós professores estamos se digladiando com o Estado na busca de um piso nacional de aproximadamente R$ 1.200,00 e melhores condições para nossa educação, tem gente ganhando R$ 60.000,00 e até 120.000,00. A investigação está apenas no começo, vamos aguardar. Mas a princípio acho que estou na profissão errada, eu deveria ser uma pessoa má, uma pessoa ruim, sem caráter, desumana, sem nenhum sendo do que seja certo, somente de errado, somente de bem individual, só assim para ler reportagens como essa e ficar sorrindo. 

Veja a reportagem extraida do Jornal Tribuna do Norte.

É no âmbito do Instituto de Previdência dos Servidores do Rio Grande do Norte (IPE), da Secretaria de Estado da Tributação (SET) e também da Polícia Militar o maior número de contracheques com salários acima do teto constitucional permitido para o serviço público, que atualmente é de R$ 27,7 mil (remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal). A informação é resultado de auditoria que está em andamento na folha do governo do Estado e que deve ser concluída nos próximos 60 dias. Informações preliminares das quais teve acesso à TRIBUNA DO NORTE dão conta de remunerações (valor bruto) que chegam a R$ 62.916,39, como é o caso de um auditor fiscal aposentado desde 1980, cujo salário é o mais alto do estado.
Um auxiliar de serviços diversos, com lotação na Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fundac), é dono de uma remuneração invejável de R$ 21.000,69. Com o abatimento de empréstimos e descontos diversos o salário mensal passa a ser de R$ 12,4 mil. O curioso é que o vencimento básico do servidor é de apenas R$ 713. No contracheque de junho deste ano ele contabiliza, para abastecer o montante salarial, horas extras que somam R$ 8.103,16. O funcionário da Fundac também faz jus a um "complemento salarial temporário" de R$ 3.904,73.



O secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, afirmou que o governo enfrentará o problema e pedirá ressarcimento, caso seja constatado algum tipo de ilegalidade. Ele observou que é preciso levar em consideração garantias adquiridas pelos servidores e reajustes nos salários decorrentes de decisões judiciais. Mas deixou claro também que o teto salarial é regra para todo o país e não deve ser diferente no caso do Rio Grande do Norte.

As decisões judiciais destacadas pelo secretário podem ser percebidas com mais contundência nos demonstrativos financeiros dos auditores fiscais, os detentores dos mais vultosos salários. Um exemplo disso é que nos contracheques de dois dos servidores (ambos aposentados), dos quais teve acesso a reportagem, é especificada um ""gratificação de prêmio de produtividade inativa" de R$ 19.468,00. Um deles dispõe duas vezes do mesmo valor, ou seja, um "prêmio de produtividade por decisão judicial" dá a ele outros  R$ 19.468,00 para ampliar a remuneração. O funcionário aposentado do fisco, campeão salarial do Rio Grande do Norte, é agraciado ainda com um adicional por tempo de serviço de R$ 6.180,44, cujo montante é novamente dobrado por força de decisão judicial. A TN tentou entrar em contato com o Sindicato dos Auditores Fiscais do RN, mas não obteve êxito.

No caso da Secretaria de Saúde Pública (Sesap), o exemplo mais emblemático é de um assistente técnico, lotado no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, cuja remuneração mensal (bruta) é de R$ 21.905,57. O salário básico deste servidor é de R$ 912,49. Chamou atenção, ainda, um auxiliar de tesoureiro aposentado que recebeu no contracheque de junho deste ano  R$ 120.859,91 na condição de "proventos atrasados".

Os levantamento preliminares indicam que são aproximadamente 440 funcionários do Estado que gozam de condição privilegiada, com remuneração que ultrapassa o limite definido pela Constituição.
Para ler mais clique aqui: Tribuna do Norte.
Nota do Blog:

Olha, vou ser sincero, na realidade minha maior indignação não é pelo que eles ganham e sim pelo que nós ganhamos. Fico imaginando um funcionário desses ir ao caixa e ter em sua conta 20, 60, 120 mil enquanto lutamos para termos em nossas contas R$ 1.187,00.
Que país é esse? Que justiça social é essa? Quando isso vai mudar? Será que realmente vale à pena lutar com idealismo, ética cidadã? Estou começando a achar que as pessoas que vivem sem conhecer a realidade da nossa política, são as que vivem melhores, pois entre uma conquista e outra nunca acham que estão sendo passado para trás.

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