redirecionamento

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entrevista aos candidatos a Conselheiro Tutelar.

Pedro Júnior - 12
Pedro Júnior é casado, pai de um filho, residente na Rua Hemetério Conegundes 25, seu n° é 12 e seu slogan é "Para melhor servir e contrubuir".

Blog: Porque você pleiteia uma vaga no Conselho Tutelar?
Pedro Júnior: As vezes, nos achamos aptos para assumir determinados cargos e queremos testar essa capacidade, muitas vezes até criticamos outros que já os assumiram anteriormente, outras tantas somos criticados.  Já fui membro do Conselho Tutelar do município de Grossos, acredito que fiz um bom trabalho e que muitas pessoas aprovaram meu mandato, e que, não foi a maioria que desaprovou, mas, que a articulação política dos outros candidatos foi melhor que a minha. Hoje mais maduro e preparado, quero retornar novamente ao Conselho Tutelar, não para me testar, mas para contribuir com meus conhecimentos, para o desenvolvimento de nosso município e o bem estar das pessoas, através, das ações que esse órgão pode desenvolver que afetam positivamente no presente e no futuro de nossos cidadãos. 

Blog: O ECA foi instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990, sabendo disso o ECA ainda atende os objetivos iniciais ou merece uma reformulação, sim ou não, justifique?
Pedro Júnior: O ECA, é uma lei muito bem elaborada e realmente atende seus objetivos, mas, como toda lei que depende da interpretação e da ação humana, suas interpretações são na maioria das vezes distorcidas, e as ações para seu cumprimento integral são incipientes, seja pela falta de estrutura e condições de trabalho, seja pelo despreparo de membros de alguns órgãos responsáveis pela sua implementação, daí os resultados esperados não aparecem e sua eficácia é questionada. Não existe lei eficiente, se as pessoas e instituições que trabalham para o seu cumprimento são ineficientes. A lei é no papel, a vontade, a capacidade e a ética são nas pessoas.

Blog:  Qual sua opinião sobre a diminuição da Maioridade Penal, de 18 anos para 16 anos?
Pedro Júnior: Sou contra a idéia de baixar para os 16 (dezesseis) anos a idade para imputar criminalmente um adolescente, essa é uma medida paliativa, não funcionará por diversos motivos, alem do mais, restarão ainda às idades entre doze e os dezesseis anos, daí a pouco, surge novamente uma polêmica e se questionará novamente à diminuição, e assim sucessivamente até não haver mais idade para baixar.
O Estatuto define medidas socioeducativas que visam ressocializar ou simplesmente socializar àqueles adolescentes desviados da conduta socialmente aceitável.  Não se trata de penalizar o adolescente pelos seus erros, mas, corrigi-los para que voltem para seio social e sejam cidadãos de bem. Para isso, devem existir as instituições realmente capazes de exercerem esse papel corretivo, ou educativo.  É possível que alguns adolescentes não tenham recebido o alimento, a educação merecidas porque sua família negligenciou com seus deveres ou falhou em seu papel, quem sabe o poder público representado pelos governos, professores e diretores de escolas não cumpriram fielmente suas obrigações para que a educação fosse realmente eficaz.  Posso citar uma variedade de causas sociais que nunca foram corrigidas, agora querem tentar corrigir à lei, e mudar os adolescentes com penalidades.  É mais fácil socializar e criar cidadão de bem, ou penalizar em uma escola do crime e retorná-lo ainda mais preparado criminalmente, para uma sociedade que continua despreparada de infra-instrutora para recebê-lo?.  As pessoas são fruto do meio e o que precisa ser mudado são as instituições familiares, sociais e governamentais responsáveis pelo cumprimento dessa lei e pelo progresso de nosso país. 

Blog: Qual a sua experiência desenvolvida em atividades com crianças e ou adolescentes?
Pedro Júnior: Sou ex-conselheiro, o Conselho Tutelar, é uma grande fonte de experiência.  Conhecer causas, vivenciar soluções de problemas que afetam o desenvolvimento humano e social nos torna mais preparados e compreensíveis de que as pessoas são como são, porque o processo de formação do caráter delas desde o início de suas vidas, foram adequados ou inadequados ao que elas representam hoje. Tenho um filho, acompanhei seu desenvolvimento desde o berço. Ensinei-o a andar segurando sua mão, procuro dar o que posso e não deixar-lhe faltar o necessário, carreguei-o nos braços e ombros, fui à praia, nadei e joguei bola com ele, mostrei o certo e o errado, ensinei-o a ler e escrever, segurei sua bicicleta quando dava suas primeiras pedaladas, procurei, dar bons exemplos, fui feliz como pai ao mesmo tempo que criei um filho e amigo, que me ouve e me atende. O respeito se conquista, não se impõe.  Hoje, sou feliz por tê-lo como filho e ele é feliz por me ter como pai. Esses são somente alguns exemplos dentre muitos que dei, e que faltaram a outros pais e filhos.  Poderia mostrar muito mais, porém, foi pedido pelo entrevistador para não me prolongar para não tornar enfadosa a leitura.  
  
Blog: Cite, se souber, alguma ação desenvolvida pelos atuais membros do Conselho Tutelar.
Pedro Júnior: Tive conhecimento de uma infinidade de ações desenvolvidas pelo atual Conselho Tutelar, mas por questões de ética não posso comentá-las.


1 Comentário:

Anônimo disse...

Preparadíssimo!Pedro Júnior é, sem dúvida, um dos candidatos mais bem qualificados para exercer este cargo, não apenas pela formação profissional, ou pela experiência como conselheiro mas pela postura, pelo bom caráter que é, e pelo bom exemplo como cidadão. Recomendo a todos que acompanham este blog. Boa sorte Júnior! Que Deus lhe abençoe nesta jornada.

Grossos ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO